O português europeu moderno está dividido em quatro grupos de dialetos, dos quais dialetos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, classificados como dialetos insulares. Como esta divisão é relativamente nova, os dialetos insulares não são tão amplamente pesquisados como os dialetos continentais. Por esta razão particular, o objectivo desta tese é explorar os aspectos linguísticos dos dialectos madeirenses e açorianos que foram considerados apenas como uma extensão dos dialectos continentais até ao século XX. Este artigo concentra-se na análise de pesquisas existentes que focam aspectos fonéticos, fonológicos, lexicais, semânticos e sintáticos. O objetivo é fornecer uma visão geral do que foi investigado até agora e destacar a necessidade de pesquisas mais abrangentes sobre dialetos insulares. A questão não é compará-los com os dialetos continentais, mas provar que merecem ser reconhecidos como um ramo distinto da dialetologia portuguesa. O trabalho procura responder a questões sobre as diferenças entre os dialectos insulares e continentais do português e se os dialectos insulares devem de facto ser considerados como uma categoria separada dentro da dialetologia portuguesa.